Cinesioterapia: o que é, para que serve e quando fazer

Cinesioterapia: o que é, para que serve e quando fazer

Dentro da fisioterapia, há muitos tipos de exercícios terapêuticos que ajudam na reabilitação do corpo. Um deles é a cinesioterapia, que nada mais é do que uma técnica que promove a terapia e a recuperação do corpo através do movimento.

É comum que pessoas que sofrem com hérnia de disco, lombalgia e dor ciática, por exemplo, procurem esse tipo de terapia para diminuir as dores musculares.

Isso acontece porque ela oferece diversos benefícios ao movimento do corpo, desde melhorar a postura até promover mais equilíbrio.

Considerando a importância dessa fisioterapia para quem busca cuidar da saúde, principalmente quando se fala de saúde motora, nós preparamos um artigo sobre esse assunto.

Aqui iremos não apenas explicar o que é cinesioterapia, mas vamos falar também sobre seus benefícios, os tipos que existem, os exercícios e as indicações para quem quer começar. Boa leitura!

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O que é cinesioterapia?

Em primeiro lugar, vamos explicar o que é a cinesioterapia. Ela pode ser definida como o uso de movimento ou exercício como forma de terapia.

Essa técnica se baseia nos conhecimentos de anatomia, fisiologia e biomecânica a fim de  oferecer um conjunto de exercícios terapêuticos que ajudam na reabilitação e na melhora de regiões comprometidas do corpo.

Sendo assim, o tratamento da cinesioterapia vai se dar por meio da movimentação dos tecidos, músculos, tendões e ligamentos que a envolvem a região tensionada.

O objetivo dela, portanto, é encontrar todos os pontos de disfunção do corpo e aplicar a terapia adequada para cada situação.

O que significa o termo cinesioterapia?

O termo cinesioterapia vem das palavras gregas: kinesis, que significa “movimento”, e therapeia, que quer dizer “terapia”. Ela tem base na cinesiologia, que significa “estudo do movimento”.

Origem dessa técnica

O uso do movimento humano como forma de reabilitar funções motoras do corpo é bastante antigo. Acredita-se que o tratamento de disfunções com técnicas relativas à esse tipo de fisioterapia já eram usadas entre 4000 a.C. e 395 d.C, como parte das funções dos sacerdotes.

Embora esses usos tenham sido suprimidos na Idade Média, devido uma crença predominante de que os problemas de saúde tinham relação com o interior, no Renascimento, o culto ao corpo retomou essa prática.

Foi no fim do período histórico e cultural que a ginástica foi dividida em quatro pontos por, Don Francisco e Ondeano Amorós, no qual o terceiro representava o que nós entendemos atualmente como cinesioterapia.

O objetivo dela, na época, era a manutenção de um corpo saudável e forte, ao mesmo tempo que tinha o propósito de correção de deformidades.

Com o passar do tempo e a chegada da industrialização, o aumento do trabalho laboral passou a provocar doenças relacionadas que interferiam no sistema musculoesquelético.

Devido a esse contexto, cada vez mais passou a se usar técnicas cinesioterapêuticas para prevenir esses problemas físicos.

A força da cinesioterapia cresceu ainda mais com as guerras, que fez com que número de casos de lesões, mutilações, alterações físicas fossem ainda maiores.

Embora os primeiros estudos sobre a utilização dos exercícios terapêuticos sejam muito antigos, a Primeira Guerra Mundial (1914-1917) contribuiu para o uso acentuado deste recurso para a reabilitação de pacientes, devido à grande quantidade de feridos.

Como funciona essa técnica?

Antes de começar os exercícios terapêuticos, o primeiro passo é o diagnóstico do paciente.

O fisioterapeuta vai fazer uma avaliação do estado físico do paciente atual, identificando o seu histórico de saúde e hábitos corporais.

A partir disso, então, o profissional conseguirá descobrir quais são os melhores exercícios para a situação dele. Após isso, então, o tratamento será iniciado para alcançar o resultado em questão.

É também o fisioterapeuta que será responsável por aplicar as técnicas terapêuticas através de movimentos orientados. O objetivo dos exercícios será sempre melhorar o quadro de limitação da articulação ou músculo.

Para potencializar os resultados, a cinesioterapia também pode ser aplicada em consonância com outras terapias, como é o caso da hidroterapia e as terapias manuais, por exemplo.

Quais os benefícios da cinesioterapia?

benefícios da cinesioterapia
Benefícios da cinesioterapia

O desenvolvimento das estruturas responsáveis pela movimentação do nosso corpo estão completamente submetidas à execução dos movimentos. Dessa forma, é a própria ação motora que estimula o sistema que a produz.

Considerando que o aspecto dinâmico do corpo é um dos principais responsáveis por sua saúde, a movimentação se mostra como um aspecto muito importante do organismo.

Isso se mostra, portanto, como um grande mecanismo para otimizar o estado de saúde geral, melhorando problemas motores e até mesmo prevenindo o aparecimento deles.

Por essa razão, a cinesioterapia apresenta uma série de benefícios ao nosso organismo, nossa saúde e nossa qualidade de vida, como, por exemplo:

  • Desenvolvimento da postura esquelética;
  • Promoção do reequilíbrio corporal;
  • Aumento da força muscular;
  • Expansão da coordenação motora;
  • Ampliação da flexibilidade e da mobilidade;
  • Aumento da amplitude dos movimentos articulares ;
  • Melhoria sistema cardiopulmonar;
  • Facilitação do treino de marcha ou caminhada
  • Favorecimento a uma reeducação postural;
  • Diminuição de dores musculares;
  • Tratamento de disfunções ortopédicas e lesões;
  • Tratamento de problemas neurológicos.

Todos os tipos de cinesioterapia

A cinesioterapia pode ser dividida em quatro tipos: a motora, a postura, a laboral e a respiratória. Cada uma delas é indicada para diferentes situações as quais o paciente pode se encontrar.

Cinesioterapia motora

A cinesioterapia motora, em primeiro lugar, é o tipo mais comum. Ela tem como objetivo preservar a força muscular e garantir a amplitude das articulações.

Dessa forma, esse tipo de técnica vai envolver exercícios físicos que estimulam a coordenação motora e, assim, proporcionando ao paciente manter ou elevar o seu aprendizado motor.

É ideal para pessoas que sofrem com problemas como gota, espondilite, artrite, artrose e tendinite, por exemplo. Ela envolve exercícios que podem ser executados, inclusive, por pessoas acamadas.

Cinesioterapia postural

O segundo tipo de cinesioterapia é a postural. Como o nome sugere, seu foco é melhorar a postura do corpo.

É ideal para pessoas que sofrem com dores frequentes nas costas e no pescoço, além daquelas que possuem desvios posturais, como é o caso de doenças como hipercifose, hiperlordose e escoliose.

Os exercícios cinesioterapêuticos posturais são importantes para o fortalecimento muscular de regiões como as costas e do abdome, fazendo com que músculos encurtados sejam alongados.

O controle postural é a base do sistema de controle motor humano, dessa forma, trabalhar a postura também vai promover maior estabilidade e condições para o movimento.

Cinesioterapia laboral

A cinesioterapia laboral diz respeito ao tipo de técnica que foca em otimizar o desempenho do indivíduo em seu trabalho, podendo ser aplicada antes, durante e até mesmo após o horário do expediente.

Os exercícios podem envolver desde o alongamento e o fortalecimento do corpo como o relaxamento de regiões que são mais utilizadas durante o trabalho.

De forma geral, é ela quem vai ser responsável por trabalhar especificamente a musculatura requerida pela atividade laboral que o paciente executa, a fim de proteger possíveis lesões.

Cinesioterapia respiratória

Por fim, há também a cinesioterapia respiratória. O objetivo dela está em recuperar a função respiratória do corpo, a partir de exercícios que ajudam a melhorar o movimento de ventilação da respiração.

Os exercícios vão envolver, portanto, a estimulação da inspiração máxima e da expiração forçada.

Eles podem ser feitos tanto em pé, sentado ou deitado ou até com o acompanhamento dos braços ou mãos em contato com o abdômen, o que vai fazer com que se aumente a conscientização da movimentação do diafragma.

Nesse tipo de técnica, além do próprio corpo, podem ser utilizados também equipamentos que ajudam a fortalecer os músculos da respiração.

Em alguns casos, a partir de uma indicação médica, o paciente pode utilizar remédios antes da sessão para otimizar os resultados.

Quais são os exercícios cinesioterapêuticos?

exercícios cinesioterapêuticos
Exercícios cinesioterapêuticos

Todos os exercícios cinesioterapêuticos têm como objetivo manter, corrigir ou recuperar uma determinada função do organismo.

Há diferentes formas de mobilizar os segmentos do corpo. Sendo assim, os exercícios cinesioterapêuticos se dividem em dois grandes grupos: os exercícios ativos e os exercícios passivos. Iremos falar como funciona cada um deles.

Exercício passivo

O exercício passivo diz respeito ao tipo de prática executada pelo próprio fisioterapeuta, na qual o paciente não participa.

A cinesioterapia passiva, portanto, representa a participação passiva do paciente. Nesses casos, seja de forma manual ou através de aparelhos, o movimento é executado por um profissional responsável.

O objetivo dos exercícios passivos é proteger a integridade das articulações e a elasticidade muscular e, ao mesmo tempo, prevenir contraturas musculares e aderências capsulare.

Esse tipo de exercício cinesioterapêutico também vai ser responsável por fortalecer a cartilagem e os tecidos moles.

O exercício passivo costuma ser mais comum no caso de pessoas impossibilitadas de realizar os movimentos, como é o caso de pessoas que sofrem com hipotrofias musculares agudas ou que foram submetidas a cirurgias invasivas.

Exercício ativo

Os exercícios ativos, por outro lado,  são aqueles executados de forma voluntária pelo paciente. Logo, a cinesioterapia ativa representa a participação ativa do paciente na execução dos motivos.

Para esses casos, portanto, é preciso que a musculatura a ser trabalhada esteja em condições de realizar os movimentos, isto é, pessoas que não estão impossibilitadas

Entre os objetivos dos exercícios ativos estão, portanto, a manutenção da amplitude de movimentação das articulações, o fortalecimento da musculatura e dos ossos, a melhora da flexibilidade muscular, e o desenvolvimento da força e da coordenação motora.

O exercício ativo, ainda, se divide em três tipos:

  • Ativo-assistido: que é aquele realizado pelo paciente, mas que conta com uma ajuda parcial do terapeuta/
  • Ativo livre: aquele que é feito pelo paciente com a ajuda da força da gravidade;
  • Ativo-resistido: que envolve movimentos feitos contra a resistência manual, mecânica ou fluida.

Quando a cinesioterapia é indicada?

indicações cinesioterapia
Indicações cinesioterapia

Para iniciar essa técnica, é preciso que haja um encaminhamento médico e uma orientação profissional.

Dessa forma, será possível traçar objetivos e estratégias, além de reavaliações frequentes para acompanhar o progresso do paciente e necessidade de adaptações.

Considerando esses pontos, é comum que os exercícios cinesioterapêuticos seja indicada para pacientes com dor e inflamação em alguma articulação, bem como pessoas com lesões musculares e desordem de movimento.

Os principais grupos que podem ser beneficiados com essa técnica – a depender da fase do problema – são, portanto, pessoas com:

  • Lesões em ligamentos, tendões e músculos;
  • Bloqueios articulares;
  • Perda funcional dos movimentos;
  • Hipotrofia muscular.

Os exercícios cinesioterapêuticos vão proporcionar melhoria no quadro de sintomas de pacientes debilitados.

Além de promover contínua recuperação para os pacientes, ela pode ser indicada também como forma de prevenção, como é o caso de desportistas.

Isso acontece pois seus músculos, tendões e ligamentos são submetidos a intensas tensões de forma constante.

Quando a cinesioterapia não é indicada?

Como falamos, a cinesioterapia, embora seja uma técnica muito segura, só deve ser realizada após uma avaliação feita por um fisioterapeuta profissional.

Por isso, em alguns casos específicos, ela pode não ser a melhor solução para o tratamento do paciente.

Pessoas que estão passando por um processo inflamatório muito agudo ou possuem problemas sistêmicos como cardiopatia, hipertensão e labirintite, por exemplo, não devem fazer esse tipo de exercício.

Se você sofre com algum problema que esse tipo de fisioterapetia trabalha, o ideal é sempre procurar o seu médico para saber se esse será o método terapêutico para o seu caso.

Como começar a praticar cinesioterapia?

O primeiro passo para praticar essa técnica é procurar por encaminhamento médico e, assim, procurar uma clínica de fisioterapia de confiança para que sua situação seja analisada.

A partir do mapeamento do seu quadro, você saberá se está apto para praticar exercícios cinesioterapêuticos. O número de sessões e repetições de cada exercício sempre vai depender do estado de saúde que a pessoa apresenta.

No começo, é comum que o tratamento priorize exercícios mais leves de isometria, sem movimentos das articulações e alongamentos.

Com o tempo e com a evolução do corpo, os exercícios cinesioterapêuticos vão ficando mais complexos, mas sempre respeitando os limites do paciente.

Conclusão

Como você pode ver neste artigo, a cinesioterapia é um tipo de exercício terapêutico que foca na reabilitação do movimento, promovendo diversos benefícios, como é o caso da promoção do equilíbrio e o aumento da mobilidade e flexibilidade.

Essa técnica, portanto, irá aplicar as técnicas terapêuticas através de movimentos orientados, melhorando a condição do corpo e da região lesionada.

Se você está procurando começar a praticar exercícios cinesioterapêuticos, optar por uma clínica de qualidade que ofereça esse tipo de serviço vai fazer toda a diferença na promoção da sua saúde.

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