Você sente dores nas pernas, inchaços frequentes e percebe que seu corpo não responde à dieta como o esperado? Talvez o que você esteja enfrentando não seja simples retenção de líquidos ou obesidade. Esses podem ser sinais do lipedema, uma condição ainda pouco conhecida, mas com impactos profundos na saúde física e emocional da mulher.
Neste artigo, a Clínica Núcleo Alma explica como é feito o diagnóstico de lipedema, seus sintomas, diferenciações importantes e o que diz a ciência sobre essa doença.
O lipedema é uma doença crônica, inflamatória e progressiva, que afeta quase exclusivamente mulheres. Ela é caracterizada pelo acúmulo anormal e simétrico de gordura nos membros inferiores (coxas, quadris e pernas), geralmente poupando os pés — o que ajuda a diferenciar essa condição de outras, como a obesidade e o linfedema.
De acordo com o Consenso Brasileiro de Lipedema 2025, esse acúmulo de gordura está associado a dor, sensação de peso, hematomas frequentes e resistência à perda de gordura, mesmo com alimentação equilibrada e prática de exercícios.
Identificar os sintomas do lipedema é o primeiro passo para buscar ajuda especializada. Os principais sinais incluem:
Acúmulo simétrico de gordura nas pernas e quadris, com os pés preservados;
0Dor ao toque e sensação de peso nas pernas;
Hematomas espontâneos;
Inchaço que piora ao longo do dia;
Resistência à perda de gordura localizada, mesmo com dieta e atividade física;
Histórico familiar positivo;
Piora em fases hormonais como puberdade, gravidez ou menopausa.
O diagnóstico do lipedema é clínico, ou seja, baseado na análise dos sintomas e exame físico feito por um profissional capacitado. Embora exames de imagem como ultrassonografia e ressonância possam ser usados para excluir outras condições, não são suficientes para confirmar o lipedema.
É fundamental que o profissional conheça os critérios do Consenso Brasileiro de Lipedema, que padronizam a avaliação e ajudam a evitar confusões com obesidade ou insuficiência venosa crônica.
Lipedema: gordura simétrica nos membros inferiores, dor ao toque, hematomas e pés poupados.
Obesidade: acúmulo generalizado de gordura, sem dor específica ou padrão simétrico.
Linfedema: inchaço assimétrico, com comprometimento dos pés e presença de fovea (afundamento ao pressionar a pele).
Reconhecer essas diferenças é essencial para evitar erros no diagnóstico e adotar o tratamento correto.
O tratamento do lipedema é multidisciplinar e individualizado. Na Clínica Núcleo Alma, seguimos as diretrizes científicas mais atuais para oferecer:
Fisioterapia com drenagem linfática específica;
Terapias compressivas, como o uso de meias e bandagens;
Nutrição anti-inflamatória personalizada;
Exercícios físicos de baixo impacto, como caminhada aquática e pilates;
Terapias estéticas funcionais;
Cirurgia (lipoaspiração especializada), indicada em estágios avançados.
O diagnóstico precoce do lipedema evita complicações como dor crônica, alterações na marcha, restrições de mobilidade e impacto na saúde mental. Além disso, melhora a resposta ao tratamento, prevenindo o avanço para quadros como o lipolinfedema.
Conclusão: você não está sozinha
O lipedema não é vaidade, não é preguiça e muito menos culpa. É uma condição médica real, com bases científicas sólidas e tratamentos eficazes. Na Clínica Núcleo Alma, acolhemos cada paciente com escuta ativa, avaliação criteriosa e cuidado integral.
Se você se identifica com os sintomas descritos, agende uma avaliação conosco. Seu corpo merece respeito, sua dor merece atenção, e sua saúde pode (e deve) ser restaurada com base na ciência.
