Artrite no Frio: Por que Piora e Como a Fisioterapia Pode Ajudar?

Artrite no Frio: Por que Piora e Como a Fisioterapia Pode Ajudar?

Artrite no Frio: Por que Piora e Como a Fisioterapia Pode Ajudar?


Com a chegada do frio, muitas pessoas com artrite começam a perceber um aumento nas dores, rigidez e dificuldade de movimentação. Essa piora dos sintomas não é apenas impressão: existem razões fisiológicas e ambientais que explicam esse fenômeno. Mas a boa notícia é que a fisioterapia pode ser uma grande aliada no alívio desses incômodos.

Por Que a Artrite Piora no Frio?


1. Vasoconstrição e Menor Irrigação Sanguínea


Em baixas temperaturas, os vasos sanguíneos se contraem para preservar o calor corporal. Essa vasoconstrição reduz o fluxo sanguíneo nas extremidades e nas articulações, levando a rigidez e dor.

📚 Wendling et al. (2003) descrevem que a redução da temperatura local pode diminuir a difusão de oxigênio nos tecidos articulares, o que agrava o processo inflamatório crônico presente na artrite.

2. Mudança na Pressão Atmosférica


Mudanças climáticas, especialmente a queda da pressão barométrica, podem causar expansão dos tecidos inflamados ao redor das articulações, aumentando a dor.

📚 Segundo Strusberg et al. (2002), há uma correlação significativa entre variações climáticas e o aumento da dor em pacientes reumáticos.

3. Redução do Movimento


Durante o inverno, é comum que as pessoas se movimentem menos, o que favorece o enrijecimento articular. O sedentarismo agrava o quadro de dor, além de reduzir a força muscular.

Como a Fisioterapia Pode Reduzir os Efeitos do Frio na Artrite


A fisioterapia é fundamental tanto na prevenção quanto no controle dos sintomas da artrite durante os períodos frios. Ela atua em diferentes frentes:

1. Terapias de Calor


O uso de compressas mornas, infravermelho e banhos terapêuticos auxilia na vasodilatação, relaxamento muscular e redução da rigidez articular.

📚 Michlovitz (1990) demonstrou que o calor superficial aplicado nas articulações promove aumento da extensibilidade do tecido conjuntivo e alívio da dor.

‍ 2. Exercícios Terapêuticos


Movimentos orientados ajudam a manter a mobilidade, lubrificação articular e força muscular. A prática regular de exercícios de baixo impacto (como Pilates clínico, hidroterapia e caminhadas leves) reduz significativamente os sintomas da artrite.

📚 Estudos de Fransen & McConnell (2008) indicam que programas de fisioterapia com exercícios aeróbicos e de fortalecimento reduzem a dor e melhoram a função física em pessoas com osteoartrite.

3. Mobilização Articular e Alongamentos


Técnicas manuais realizadas por fisioterapeutas ajudam a manter a amplitude de movimento, diminuir aderências e melhorar a nutrição da cartilagem articular.

📚 Hurley et al. (1998) mostraram que intervenções fisioterapêuticas ativas e passivas são eficazes na melhora funcional de pacientes com artrite.

4. Orientações para o Dia a Dia


Fisioterapeutas também ajudam com educação terapêutica, ensinando o paciente a:

Evitar posturas que sobrecarregam as articulações;

Manter a rotina de movimentos mesmo em casa;

Utilizar órteses, quando necessário, para proteger articulações inflamadas.

Conclusão


O frio pode realmente piorar os sintomas da artrite, mas isso não significa que o sofrimento seja inevitável. Com acompanhamento fisioterapêutico adequado, é possível atravessar o inverno com menos dor, mais mobilidade e qualidade de vida.

A combinação de calor terapêutico, exercícios bem orientados e estratégias de proteção articular tem respaldo científico e pode transformar a rotina de quem convive com doenças articulares.

📚 Referências Bibliográficas


Strusberg, I., Mendelberg, R. C., Serra, H. A., & Strusberg, A. M. (2002). Influence of weather conditions on rheumatic pain. The Journal of Rheumatology, 29(2), 335-338.

Wendling, D., Verhoeven, F., Prati, C., & Demattei, C. (2003). Effects of climate and meteorological variables on pain in patients with rheumatic diseases. Joint Bone Spine, 70(4), 257–260.

Michlovitz, S. L. (1990). Thermal agents in rehabilitation. FA Davis.

Fransen, M., & McConnell, S. (2008). Exercise for osteoarthritis of the knee. Cochrane Database of Systematic Reviews, Issue 4.

Hurley, M. V., Scott, D. L., Rees, J., & Newham, D. J. (1998). Sensorimotor changes and functional performance in patients with knee osteoarthritis. Annals of the Rheumatic Diseases, 57(11), 641–648.

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